A posição do homem é a seguinte: ele vive no seio do grande organismo do todo, que é dirigido em seu funcionamento pelo pensamento da Lei que representa a presença de Deus ou Sistema, imanente no Anti-Sistema que é o nosso universo. É esta presença que no seio da desordem transitória e superficial mantém na sua profundidade uma ordem eterna e inviolável. A este fato devemos o não desmoronamento de tudo no caos, mas, ao contrário, sua contínua evolução em direção ao melhor. Ora, cada erro contra aquela ordem produz dor. O homem, porque ignorante da Lei, comete erros contínuos. Seu maior trabalho consiste na contínua fabricação de suas dores. Dessa forma, tudo parece construído de modo a terminar com a geração de sofrimento para o próprio homem.

Mas o fenômeno não se interrompe, ao chegar a conclusões tão tristes. Tal fato é justificado porque, naquela dor, está a salvação. Ela é uma escola de aprendizagem, portanto um instrumento benéfico, porque quem aprendeu não repete o erro e com isso elimina a dor. Assim ele é construído de tal forma que é destinado à auto-reparação. Não se sofre, portanto, em vão, mas para aprender a não errar e assim chegar a não mais sofrer. Eis, em síntese, o mecanismo da existência, o jogo dentro do qual existimos, dele fazendo parte. É esta ordem interna que aqui buscamos descobrir.

Orientados por este quadro de fundo tratemos, então, de continuar o nosso trabalho de indagação que nos leva a descobrir aquela ordem. Fazemos isso porque é o conhecimento que nos salva. Ele é o mais ativo agente destruidor da dor, já que, uma vez alcançado, ela não tem mais razão de existir porque não há mais nada a corrigir e ensinar. Portanto, o modo certo para eliminar a dor nós o encontramos. Quem compreendeu, evita fazer o mal, porque sabe que o faz em seu prejuízo. É duro sofrer, mas a própria vida contém um grande remédio. Existe uma grande força destruidora da dor — a evolução — porque destrói a ignorância. É sagrado então, em cada campo, o trabalho de conquista do conhecimento. Continuemos, portanto, sobre esta estrada o nosso trabalho de análise.

Nos capítulos seguintes, faremos uma breve casuística, isto é, exporemos uma série dj fatos observados por nós enquanto eles aconteciam, seguindo-os desde seu início até sua conclusão, Faremos esta análise para compreender a técnica de seu funcionamento e para apossarmo-nos dela com o fito de dirigir novos casos que quisermos iniciar, até levá-los a bom êxito, como desejamos.

Para atingir este escopo, consideramos cada ato por nós iniciado para chegar a um dado fim (ou seja, evento em que tomamos parte ativa), como um fenômeno em movimento, de modo que ele se move de um ponto de partida a um ponto de chegada. Observá-lo-emos neste seu trajeto, nas causas que precedem seu lançamento, nos seus elementos constituintes, no desenvolvimento de seu transformismo em seu caminho, por obra das forças que o determinam e daquelas que encontra no ambiente; observaremos o fenômeno nas conclusões às quais ele por si poderá chegar ou, devido a nossa intervenção, poderemos obrigá-lo a chegar. Aplicaremos estes conceitos, penetrando nos detalhes da casuística para compreender o significado recôndito dos fatos.

A moral que deriva do conhecimento das leis da vida e de seu funcionamento não é aproximativa, elástica, não permite acomodações ou escapatória, mas é exata, rígida, sem ajustes ou evasões. Passa-se de um regime de baixa a um outro regime de alta velocidade, que exige uma maior precisão de movimentos, porque à mesma mudança direcional correspondem efeitos maiores.

Eis então que é necessário primeiramente pensar no lançamento da trajetória. É necessário que esta não se componha de forças negativas, porque elas representam um erro na partida, introduzido dentro do desenvolvimento do fenômeno e que portanto lá se manifestará, levando-o a um resultado negativo.

O primeiro ponto de partida é a própria personalidade e as forças das quais ela se compõe. Eis que no início de um dado acontecimento, quando começaremos a agir para pô-lo em movimento a fim de que ele se realize, deveremos fazer um exame de consciência ou uma autopsicanálise para apercebermo-nos de que forças dispomos, dadas pelas qualidades que possuímos, constituindo a nossa personalidade.

De como fazer o exame de consciência trataremos a fundo no fim deste volume. Aqui somente mencionamos que esta estrutura da personalidade é um dado de fato que preexiste à análise, do qual depende o tipo de força que poremos em órbita no momento do lançamento da trajetória. É evidente que, de uma personalidade de estrutura prevalentemente de tipo negativo, não poderá ser obtido senão um lançamento de uma trajetória composta de forças negativas. E evidente também o contrário, isto é, que de uma personalidade de estrutura de tipo positivo será obtido o lançamento de uma trajetória feita de forças positivas.

Disto segue-se que automaticamente os temperamentos honestos são levados a lançar trajetórias positivas e com isto obter resultados positivos, e ao contrário. Parece um destino, má sorte mas, na verdade, é uma conseqüência do funcionamento da lei que rege o fenômeno. A isto junta-se o fato de que o exame de consciência, isto é, o juízo das qualidades boas ou más, é feito pelo mesmo indivíduo, iniciador do movimento, que nada pode fazer senão usar a sua forma mental, a única que ele possui.

Ora, este instrumento de ajuizar pode ser ele mesmo, positivo ou negativo, isto é, justo ou errado, ou seja direito segundo as leis da vida, ou distorcido pela negatividade da personalidade. Neste segundo caso, o lançamento da trajetória em direção errada, ou seja, contraproducente, tendente a resultados negativos, é fatal. Mas é necessário reconhecer que isso também é justo, porque é conseqüência direta do fato de que aquela personalidade compõe de forças negativas.

Na execução do exame de consciência, é necessário estar prevenido também pelo fato de que sobre a função de julgar pode influir o subconsciente, sempre pronto a fazer aflorar de seu imo seus próprios impulsos. Ele é astuto, pronto a fazer apreciações distorcidas a seu modo para satisfazer sua vontade. Também disto falaremos melhor mais adiante. (Cap. - IX). Ele quer sobreviver tal qual é, afirmando-se à sua maneira. Assim, luta para impor-se e, para consegui-lo, disfarça-se com argumentos que lhe dão razão, enverga uma auréola de virtude para esconder suas qualidades negativas. É a besta original que emerge não cancelada. Então por meio de um tal exame de consciência assim viciado de início, não podemos obter senão um resultado falsificado.

Que se deve fazer então para obter bons resultados? Antes de tudo, é necessário uma personalidade de tipo positivo. Se, porém, ela é negativa, é necessário procurar antes de tudo corrigir sua negatividade, de modo que sobre ela, reduzida ao mínimo, possa prevalecer a positividade com tudo aquilo que se segue. E que é necessário fazer quando, como conseqüência da estrutura negativa da personalidade, foi completado o lançamento de uma trajetória deste tipo? Então não há mais nada a fazer senão procurar corrigi-la. Vejamos como.

No caso de trajetórias totalmente negativas, não há nada a fazer. O desastre final é fatal. Seria     necessário que a personalidade negativa que realizou o lançamento seguisse a longa escola da própria correção, à custa de provas, até tornar-se positiva. Mas observemos o caso mais freqüente, o da trajetória mista. A personalidade pode possuir um fundo de positividade com zonas de negatividade. Estas então constituem na trajetória como que nós de resistência. E preciso descobri-los. Eles são erros contra a lei da vida. E preciso desfazê-los. Eles são desvios. É necessário endireitar seu caminho.

Isso se pode fazer esperando que aqueles impulsos negativos se esgotem, consumindo sua energia inicial. Pode-se intervir de outra maneira, pondo voluntariamente em movimento, impulsos positivos que neutralizem os negativos, opondo-se a eles em sentido contrário. Assim pode-se combater também a tendência dos impulsos negativos de atrair para seu próprio campo outros impulsos negativos, reforçando-se com esta nova ajuda. A presença do negativo, tendente a desviar o percurso da trajetória do sentido positivo, não nos deve alarmar. O fenômeno desenvolve-se como uma luta entre a positividade e a negatividade. Cada erro pode ser corrigido e aqui explicamos como. Se o erro aparece, ele deve ser corrigido e, ao corrigi-lo, aprende-se a não repeti-lo mais. Tudo, até o mal, pode ter uma função construtiva.

O problema é neutralizar a negatividade presente no fenômeno, porque ela polui e o leva a resultados negativos. Eles são calculáveis, porém, porque são proporcionais à dose de negatividade contida no fenômeno. Daí serem eles previsíveis e evitáveis. É  necessário compreender que é desta dose que dependem os resultados finais e que esta dosagem depende de nós. Somos donos dos resultados, porque podemos atingir os que queremos, com a condição de preencher todas as condições necessárias para atingi-los. E agora sabemos quais são elas. E quando os resultados não são obtidos, sabemos também o porquê disso e o que é necessário fazer para evitar este prejuízo. A análise do fenômeno mostra-nos tudo. Não podemos, portanto, culpar ninguém, nem embalarmo-nos com esperanças ilusórias. Mas é necessário analisar e saber dirigir estes elementos: estrutura da personalidade; análise exata das forças que a constituem; colocação destas forças em órbita, executando um lançamento correto de trajetória; depois eventual correção da mesma durante o seu percurso, o que se torna possível, tratando-se de um fenômeno em movimento, no qual se podem, então, inserir novos impulsos.

Isso significa acompanhar o desenvolver de todo acontecimento que movimentamos, desde suas primeiras causas, até a sua conclusão. Temos falado de positividade e negatividade. O leitor pode indagar-se que significam, na prática, estes dois conceitos. Positividade significa retidão, honestidade, sinceridade, justiça, responsabilidade etc., qualidades possuídas pelo indivíduo e usadas no lançamento da trajetória. Negatividade significa o contrário. Podemos afirmar que os resultados, no primeiro caso, são positivos e negativos no segundo, porque temos executado verdadeiros controles experimentais e deles obtido confirmação desta correspondência de fatos. Na casuística que exporemos nos capítulos seguintes, veremos aplicados estes conceitos, observando a técnica segundo a qual desenvolvem os atos que iniciamos para alcançar um dado objetivo.

Mas antes de procedermos à casuística, temos que explicar como tudo isso acontece. Veremos que cada ato nosso é um fenômeno regido por normas dadas do princípio ao fim. Chegou a hora de enfrentar com espírito analítico e métodos positivos o caso de nossa conduta, até agora deixado inexplorado à mercê de normas empíricas. O sistema de construir uma ordem com a técnica de comandar e obedecer, em vez de basear-se na de convencer, fazendo compreender, pertence à era infantil da humanidade e desaparece agora em sua fase mais madura. A disciplina, porém, permanece necessária. Se o homem novo, que é crítico e racional não a aceita mais por imposição de autoridade, não lhe resta senão aceitá-la por livre vontade e como fruto do entendimento. E se não quiser compreender, aprenderá duramente à própria custa, caindo no caos.

A nova moral impor-se-á por si, isto é, não porque a autoridade o disse, mas porque ela é útil no interesse de quem a aplica. Moral clara, controlável por fatos, vantajosa, o que faz aceitos os seus princípios de honestidade e justiça. A mente moderna não se sujeita mais passivamente a uma moral somente normativa e preceituada. Exige em seu lugar uma moral livre e consciente, apesar de responsável, uma moral regida por sua lógica que lhe justifica as normas, controlável em seu valor dos seus resultados A mente moderna não aceita uma moral coagida, à base de ameaças e condenações, sistema este que leva à evasão em vez de à aceitação por convicção, atingida por haver-lhe compreendido o funcionamento e vantagens. A nova moral é aquela da lei da vida que diz: "Pode pegar aquilo que quiser, contanto que o pague, porque só é verdadeiramente seu, se o houver merecido. Aja livremente, mas as conseqüências são suas. Cumpre a você compreender o que pode e o que não pode fazer. A veracidade e utilidade desta lei você a pode experimentar por si mesmo, e assim convencer-se que lhe convém segui-la". E por isso que mostramos seu funcionamento.  Disso ninguém pode fugir. Passar para outra fé ou tornar-se ateu não muda nada. A lei da vida é igual para todos.

Conclui-se que, conhecendo a técnica de seu funcionamento, podemos dominar os acontecimentos, porque, quando pomos em movimento os elementos exigidos, sabemos quais são os resultados que eles devem atingir. Tudo isso acontece sobre um terreno de positividade racional, em vez de o ser sobre o fideísmo e emotividade, podendo, portanto, ser apresentado na forma mental mais compreensível para o homem moderno e para o do futuro. Tais conclusões têm, pois, características universais.  A técnica do fenômeno não funciona somente para o indivíduo; ela é a mesma, também para os grupos, tais como: família, instituições, partidos, povos e humanidade. Nestes casos trata-se igualmente de uma unidade que, em vez de ser individual, é coletiva.

O ponto de partida permanece sempre o mesmo, isto é, definido pelas qualidades constituintes daquele tipo de unidade. Delas depende o gênero de trajetória que eventualmente é lançada, como seu percurso e sua conclusão. Eis que a mesma técnica do exame inicial da consciência para prever o êxito de um acontecimento e influir sobre ele, é usada também no caso de unidades coletivas. Também nesta dimensão maior pode-se prever onde irá terminar o percurso da trajetória. Pode-se, assim, realizar uma espécie de futurologia histórica, incumbida do trabalho de previsão neste imenso campo das unidades coletivas. E pode-se também intervir no fenômeno, guiando-o com inteligência em direção à melhor conclusão, seja iniciando-o, sabiamente, com um lançamento positivo, seja corrigindo seu caminho quando ele tende para o negativo.

Tudo isso é hoje atualidade. No passado a humanidade, em sua ignorância das conseqüências, lançou muitos impulsos baseados no egoísmo e injustiça, o que explica a colheita dos resultados correspondentes, segundo a técnica que temos visto. A razão de tantas dificuldades que afligem a humanidade é que ela é lançada segundo uma trajetória em grande parte negativa. A história avança, carregando atrás este peso. Não há outro remédio senão aplicar o método da correção das trajetórias erradas.

Ora, nestes grandes fenômenos coletivos, como no caso individual, o ponto de partida é um exame de consciência, neste caso em massa, no qual cada povo honestamente se auto-avalie, pondo-se diante das leis da vida. Com base nos resultados deste exame, ele deve lançar novas forças positivas, introduzindo-as na própria trajetória histórica e isso com o fito corretivo da precedente, agora em ação. Quanto à positividade, temos visto o que ela significa. Só assim poder-se-á corrigir a velha trajetória, guiando-a em direção a resultados benéficos, em vez de maléficos.

Neste trabalho a própria vida ajudará quem se preparar para cumpri-lo, porque isso corresponde a seus fins. O sistema de luta, à base de ação e reação, isto é, de separação, é involuído, anti-orgânico e anti-unitário, vai contra a formação das grandes unificações sociais, finalidade que a vida quer alcançar no momento atual e no futuro próximo.

Falamos disto porque o momento é grave. Os meios de ação, que se tornaram hoje muito mais potentes com a ciência, exigem uma mais inteligente capacidade diretiva se não quiser terminar em um desastre. A velha psicologia agressiva era limitada e proporcional aos prejuízos causados por ela. É urgente um progresso moral, paralelo ao científico, que coordene sabiamente esta hipertrofia de poderes em cada campo, que é vitória, mas também grave perigo, se não se sabe guiá-lo. É urgente também corrigir as velhas trajetórias de negativismo, se não quisermos que elas nos levem a resultados do mesmo tipo. Elas estão em movimento e avançam fatalmente em direção à sua conclusão. Tudo isto é analisável, evitável. Estamos na encruzilhada. As velhas normas parecem atualmente superadas. É necessário substitui-las por normas sólidas, mas adaptadas ao homem novo que se está formando e à sua nova posição na vida.

Que entendemos por normas mais sólidas e qual é o homem novo que se está formando? Que a velha moral se torne sempre inadequada aos tempos novos, prova-se pelo fato de que se formou um movimento revolucionário inovador, que não é obra de um grupo particular, mas de uma corrente mundial. Encontramo-nos diante de um fenômeno novo para nós: o fim de uma civilização e o início de outra, de tipo diferente. A velha ordem está caindo. Deverá necessariamente nascer uma melhor que possa substitui-la.

Isso é possível hoje, porque o homem está atingindo uma maturidade psicológica que lhe permite ver a vida com espírito crítico de adulto, com método analítico e positivo. Pode-se assim enfrentar e resolver problemas que antes permaneciam sepultos no mistério, porque vistos somente com a psicologia infantil do tipo empírico. Cai a veste legendária e mitológica e aparece a realidade nua que assim se torna compreensível, mostrando-nos as normas mais sólidas a que nos referíamos.

Ao homem novo que se está formando é necessário fornecer um alimento diferente do que o satisfazia no passado e que agora não mais o satisfaz, um alimento mais nutritivo, feito de um sistema persuasivo que leve claramente à convicção, porque mostra a realidade da vida. Onde encontrar então este material? Só a ciência nos apresenta características de positividade, objetividade e imparcialidade, isto é, de verdade biológica universal, que não seja só de um grupo e não esteja em luta contra a verdade de outros grupos.

Até agora a ciência não entrou no campo da ética do comportamento correto Mas é exatamente a maturidade evolutiva acima mencionada do homem, o que hoje pode permitir esta penetração da ciência naquele terreno. Tudo está pronto para que isso se verifique: o grau de evolução alcançado, o desenvolvimento da ciência, a necessidade de resolver novos e mais complexos problemas também espirituais, insolúveis pelos velhos métodos, a necessidade de definir tantas verdades deixadas em suspenso. As continuas mudanças nas relações sociais vão criando situações imprevistas, que exigem uma regulamentação nova, baseada em outros princípios, porque os velhos se tornam inadequados. É assim que se faz sempre mais necessária uma ciência da conduta humana que esteja ao nível da ciência alcançado nos outros campos.

Hoje corre-se; é necessário, então, ver bem a estrada. Urge entender o significado da vida e as conseqüências de nossas ações, para dirigirmo-nos inteligentemente. Com o aumento dos poderes do homem, aumenta a periculosidade de seus movimentos errados e há sempre menos margem para eles. Por isso é necessária uma ética de tipo científico que nos mostre a técnica do funcionamento das leis da vida. E necessário fazer compreender ao homem da estrada que ele não está só, abandonado à mercê de forças que não conhece, mas, pelo contrário, elas estão próximas e sua ajuda funciona, realmente, desde que ele mereça, porque sempre cumpriu com o seu dever.

Em uma hora de tantas reivindicações sociais devem-se fazer valer também os direitos do homem justo perante as leis da vida. Em um mundo onde ele é esmagado pelo mais forte, é necessário provar experimentalmente, que este homem é defendido pelas leis porque ele é útil à vida, que se mostra sua amiga e o defende, para seus fins. Para construir o futuro cada vez mais realizador de um estado orgânico unitário, a vida tem sempre menos necessidade do biótipo prepotente vencedor, válido em outras condições apropriadas a outras fases de evolução, e tem sempre mais necessidade, como modelo da massa, do homem justo, que saiba ordenadamente funcionar em seu posto na coletividade, segundo sua especialização de qualidade e trabalho.