Estamos diante do terceiro aspecto da esfera do Tudo-Uno: o de Deus-Filho. No segundo momento, o Verbo quis e agiu; fez assim de si mesmo um sistema orgânico de seres. Este é o que a visão agora nos oferece. Aqui Deus nos aparece como uma infinita multidão de seres, isto é, uma multiplicidade de individuações do ser, a qual não significa, de forma alguma, fracionamento ou dispersão da unidade, porquanto as criaturas surgiram todas organicamente coordenadas, funcionando de acordo com a Lei, ou seja, com o pensamento de Deus, e a Ele todos se subordinando, como centro do Sistema.

Sendo as criaturas centelhas de Deus, deviam possuir as qualidades do fogo central, tendo em primeiro lugar a liberdade. Os filhos de Deus só podiam ser livres e conscientes, aceitando permanecer na ordem por livre adesão. O organismo da Divindade não podia ser constituído de autômatos, de escravos inconscientes. Mas, sendo os elementos constituintes hierarquicamente coordenados num organismo, não podiam ser idênticos ao Centro, ao qual, no que respeita o conhecimento e poderes, tinham de ficar subordinados, como num regime de ordem e harmonia é necessário para tudo o que é menor e derivado. A coordenação dos elementos componentes do organismo do sistema, implicava, como primeiro dever, na ordem soberana, o da obediência. Num sistema de ordem, é necessidade imprescindível e lógica que a liberdade seja condicionada a ele, e não lhe seja lícito ultrapassar limites, além dos quais lhe seria permitido subverter aquela ordem, chegando, assim, neste caso, a atentar até contra a unidade do Tudo-Uno-Deus, em cujo seio se move e de cujo sistema faz parte. A primeira condição, pois, a que deve submeter-se a liberdade é o dever de manter-se em perfeita adesão à Lei, que exprime o pensamento e a vontade de Deus.

Todavia, a liberdade é tal, que contém a possibilidade do arbítrio e do abuso, significando poder quebrar a unidade orgânica do Sistema. Neste caso, portanto, o ser livre podia não querer mais mover-se harmonicamente no Todo, produzindo assim, um tumor canceroso no seio do próprio Sistema, pronto a alterar a estrutura sadia. Era necessário então que a liberdade não se exagerasse, ultrapassando os limites da ordem e da obediência, mas permanecendo, ao invés, subordinada em tudo à supremacia do Centro. Se essa infração ocorresse, a desordem nascida no seio da ordem, produziria uma fratura, pelo menos na parte inquinada, um emborcamento e uma queda.

Mas como poderia acontecer fosse o Sistema, obra de Deus, tão imperfeito que pudesse desmoronar a cada momento? Não. Ao contrário, era tão perfeito, podendo até desmoronar sem dano definitivo, justamente por isso podia conter, deixada à mercê da livre vontade do ser, a possibilidade de uma queda. Se isso tivesse ocorrido, é porque o Sistema era perfeito a tal ponto, que teria tido a possibilidade de ressurgir de sua queda. Esta implícita capacidade de automedicação, apta a resolver qualquer crise, tornava inócuo, em última análise, esse perigo e erro. Não se tratava, pois, de imperfeição. Ao contrário, na perfeição do Sistema, tudo estava previsto, até a possibilidade de uma desordem e de uma queda; por isso, foi deixada nas mãos do ser a escolha entre obediência e a desobediência, com a possibilidade de uma desordem e uma queda. Se isto acontecesse, tudo se curaria por si mesmo, embora passando por outros caminhos, e voltaria ao primitivo estado de perfeição, se bem que através de uma nova experiência, sempre útil e justa, apesar de árdua.

Mas, pode objetar-se ainda, se os espíritos eram livres e felizes na ordem por que deveriam ter-se sentido atraídos para uma desordem tão desastrosa? O que os açoitou, foi o mesmo princípio fundamental do ser, próprio também a eles: o egocentrismo. Este representa o princípio unitário, que rege a existência de cada individuação. Seu modelo máximo é Deus, centro em trono do qual tudo gira e para o qual tudo gravita. Egocentrismo não quer dizer egoísmo. Este é um egocentrismo exclusivista, para vantagem própria e desvantagem dos outros, ao passo que o egocentrismo pode fazer centro de si, como até no caso máximo de Deus, sobretudo para o bem dos outros.

E então aconteceu justamente que, em sua liberdade, parte dos espíritos, em vez de se deixar possuir por este egocentrismo altruísta e orgânico – que a Lei quer em sua ordem – deixou-se atrair e preferir um egocentrismo egoísta. O egocentrismo é, por natureza sua, uma afirmação, e como tal tende a afirmar-se cada vez mais, se o seu impulso não for equilibrado por um contra-impulso, exercitado pela disciplina que o ser se impõe, em respeito à ordem e em obediência à Lei. Mas, se esse egocentrismo egoísta pode ter parecido como uma vantajosa expansão do eu, ele representava o princípio subversivo e anti-orgânico, que reaparece no câncer, no organismo humano. Rompeu-se, dessa forma, a harmonia hierárquica do Sistema, na qual toda individuação existe, como acontece com as células no corpo humano, que vivem umas em função de outras, sem o que, desmorona a unidade orgânica. Num sistema orgânico e hierárquico, as dimensões de cada eu são, para cada ser, medidas pelo valor e pela função ali representada; e cada individuação deve, para não se alterar a harmonia da ordem, manter-se sempre nos limites das dimensões relativas a esse valor e a essa função. Cada expansão do eu que exagere as devidas proporções, tende a emborcar o Sistema, pelo menos no ponto contaminado: emborcar, isto é, inverter, porque  num sistema equilibrado, o desenvolvimento exagerado para além da ordem, leva a uma contração correspondente; cada expansão indevida, é corrigida por uma diminuição proporcional.

 

******

             

Então, mais exatamente, o que aconteceu? Como se verificou esse novo fato, que teria deslocado, pelo menos em parte, a ordem do Sistema? Observemos.

Encontramo-nos, agora, situados diante do terceiro aspecto da esfera do Tudo-Uno-Deus: o de Deus-Filho. Tudo continuava existindo em perfeita ordem, segundo a Lei. Fora dada por Deus, à multidão dos espíritos, uma livre autonomia de vontade, com a condição desta ser coordenada em harmonia com a Lei, em função Dele. Mas, este poder estava nas mãos deles que, sendo livres, podiam dirigi-lo mesmo em direção errada, contra a ordem, contra a Lei, contra o próprio Deus. Bastava aquele poder, ser canalizado pela vontade livre deles, para fora do caminho justo, e ocorreria a queda.

Foi justamente este o fato novo que aconteceu. Pelo uso errado de sua liberdade e um excesso de expansão do eu, por um egocentrismo exagerado e sobretudo invertido, ou seja, não centrífugo, isto é, que partindo de si mesmo trabalha a favor de todo o organismo, como deve ocorrer com todas as células sãs e disciplinadas, mas centrípeto, em função do próprio eu, foi implantado no sistema o princípio anárquico do egoísmo em lugar do princípio orgânico da cooperação. Dessa forma, o estado de fusão unitária se subverteu no dissíduo separatista. Iniciou-se, por isso, no seio do sistema, todo de natureza afirmativa ou positiva, o arremesso de um impulso oposto, todo negativo. Não se tratou simplesmente de uma desordem qualquer, que semeasse o caos no seio da ordem. Dada a natureza do impulso de onde nascera, essa desordem assumiu uma direção precisa e significou exatamente o emborcamento do Sistema num estado antagônico ao anterior: o Anti-Sistema.

Com efeito, o nosso atual universo é baseado no dualismo: Sistema e Anti-Sistema, e só assim podem ser encontradas e compreendidas as suas primeiras causas. Só assim podemos compreender por que, em nosso universo, tudo se baseia no contraste dos elementos, impulsos e conceitos opostos e complementares. Dessa forma nasceu este triste mundo, nossa triste herança e consequência da queda, mundo em que, em contraste com o bem reina o mal, com a alegria a dor, com a luz as trevas, com o conhecimento a ignorância, com o espírito a matéria; e apareceram todas as forças e conceitos ao negativo, o que não existia antes no Sistema, sendo agora qualidade exclusiva do Anti-Sistema. Por isso, se no fundo deste aparece o caos, não se trata – como já dissemos acima – de um caos desordenado, feito ao acaso, mas de uma desordem, justamente porque, com o Anti-Sistema, se chega ao pólo oposto da ordem, no qual esta se apresenta emborcada, em seu estado contrário. A lógica, implícita na perfeição originária do Sistema, permanece íntegra em qualquer transformação sua.

Continuemos a observar. Nem todos os espíritos se rebelaram, de modo que a desordem não foi geral, ou seja, não abrangeu toda a terceira esfera ou aspecto da Divindade, aqui chamada o Filho. Assim, nem todo o Sistema se transformou em Anti-Sistema. Uma parte do Sistema permaneceu íntegra em sua perfeição, enquanto na outra parte, rebelde, a ordem se desfez na desordem. Naquele momento tremendo, a unidade se partiu em dois, e ocorreu a grande cisão de que nasceu o nosso universo corrompido, no qual vivemos justamente nesse estado de cisão, ou seja, separados da alegria, na dor; da luz, nas trevas; do espírito, na matéria, numa palavra, em tudo invertidos no negativo, como é lógico ocorrer no seio do Anti-Sistema. Então, todos os que tinham querido mandar, em vez de obedecer, caíram, de um estado de límpida visão, num universo de ilusões; todos os que tinham querido dilatar demais as devidas dimensões do próprio eu, permaneceram aprisionados nas restritas individuações da forma e, da ilimitada liberdade do espírito, ficaram constrangidos à escravidão das necessidades da matéria, no cárcere do próprio restrito egoísmo.

Dessa maneira, enquanto uma parte caiu, outra parte dos espíritos permaneceu intacta, em sua perfeição, no Sistema. Mas assim o Tudo-Uno-Deus resultou como que partido em dois; uma parte continuou na perfeição do Absoluto e a outra foi formar a estrutura material e espiritual de nosso universo. Devemos, entretanto, compreender bem, não representar este a verdadeira criação, como se crê, mas uma contrafração, uma inversão sua, um seu verdadeiro estado patológico, embora transitório e curável. Em outros termos, o nosso Universo não é a criação, mas uma sua doença, que lentamente se vai curando.

****

Continuemos pormenorizando a visão do fenômeno. Que ocorreu na esfera? Antes de tudo isso ocorrer, podíamos imaginá-la toda branca, feita apenas de luz, de valores positivos. Agora, uma parte dela começou a fazer-se, e cada vez mais se tornou negra, sombra, de valor negativo. Começou um processo de desfazimento e de descida, de inversão de todas as qualidades do Sistema nas qualidades opostas. Este processo chama-se involução, explicando-se assim como nasceu a matéria e porque o nosso universo assumiu uma forma material. Explica-se também como, chegados ao fundo do caminho da descida involutiva, tenha podido nascer e desenvolver-se o processo inverso, em que estamos situados e se chama evolução. Só dessa forma são coordenados todos os fenômenos do universo num único telefinalismo; compreende-se porque nascem os planetas e a vida sobre eles, descobrindo-se o fio espiritual que liga todas as formas de vida num único caminho ascensional dirigido para Deus. Sem este conceito da queda do Sistema, mostrando-nos que agora vivemos num Anti-Sistema, o qual não pode ser atribuído a Deus, tudo permanece desconexo e incompreensível.

Há o fato positivo de não se poder dar a Deus, de maneira nenhuma a paternidade de um universo, que demonstra ser o contrário da perfeição. Não se pode admitir de modo algum ser a obra de Deus apenas uma afanosa busca fatigante de uma remotíssima perfeição, através de infinitas tentativas. O nosso Universo, dividido no dualismo, em que cada ponto se fracionou em dois termos contrários que lutam para sobrepor-se, é um trabalho tão sobrecarregado de males, dores e imperfeições, tal como existe hoje, só pode ser considerado como um estado patológico de decadência. A quem o atribuiremos pois? Não há dúvida de que a esses efeitos, temos de atribuir uma causa. Como no todo não há outros termos e não podemos atribuir ao Criador a derrocada, só nos resta atribuí-la à criatura. Não podendo admitir, de forma alguma, que a causa de tamanha ruína tenha sido diretamente de Deus – acreditar nisso seria tirar Dele os atributos da Divindade – temos de admitir ser outra a causa de tudo isso, e tenha chegado depois. Não se pode sair do dilema: ou atribuir esta obra a Deus, e Deus não é Deus; ou, então, atribuí-la a outra causa; mas, em vista de no todo só existir Deus e a Sua criatura, só nos resta atribuir essa obra à Sua criatura. Estes conceitos demonstrativos são de tal evidência, que aparecem diretamente na visão, antes de submetê-los ao controle racional.

Assim esta visão se nos abre diante dos olhos, como aquele gigantesco drama, ou seja a queda dos anjos. Não foi uma queda em sentido espacial, mas demolição de valores, inversão de qualidades, descida de dimensões, ou contração de tudo isto, através de uma progressiva inversão de valores positivos e originários, até estarem todos transformados em sentido negativo. Esta queda significa transformar gradativamente todo o Sistema em Anti-Sistema. A descida foi gradual e se prolongou até atingir a profundidade do abismo, representada pela completa inversão de valores, ponto em que o Sistema, com todas a suas qualidades, resultou completamente invertido no Anti-Sistema, com as qualidades opostas. Nesse trajeto, a luz se foi ofuscando até se tornar treva completa, o conhecimento se tornar ignorância, a liberdade do espírito se tornar escravidão na matéria, a felicidade se tornar em dor, a vida se transformar em morte, o bem em mal, a ordem orgânica do Sistema até sua completa inversão no pólo oposto do ser, no fundo da descida, no completo caos do Anti-Sistema.

******

Mas, se tudo parasse nesse ponto, a queda seria definitiva e a obra de Deus, aquela obra perfeita da primeira everdadeira criação, estaria definitivamente falida, pela vontade apenas de algumas criaturas rebeldes. Ora, é absurdo, num sistema perfeito, fosse dado pelo próprio Criador tanto poder. Ele, como Onisciente, devia saber tudo de antemão. Só por erro pode um artesão, não conhecendo bem o trabalho que está executando, fazer uma obra que o destrua. Mas, ao contrário, já dissemos ser a obra de Deus tão perfeita, que contém em si, desde o início, todos os elementos de recuperação, o remédio para seu autotratamento. Isto se explica com o fato de que os espíritos decaídos continuaram a ser centelhas de Deus e ofuscaram, mas não destruíram, a sua natureza divina. É neste sentido que os homens também, em sua íntima natureza espiritual, derivada daquelas remotas origens, podem ser chamados deuses. Em outros termos, no Sistema corrompido em Anti-Sistema, através desses seres que o constituem, sem terem perdido as suas qualidades originárias de espíritos filhos de Deus (3º momento de Trindade), continua presente a Divindade, impedindo o Anti-Sistema da destruição completa. Trata-se de uma presença viva e operante. Eis onde se encontra o remédio para o autotratamento. É essa presença de Deus que representa e torna possível a salvação. Deus continua centro do Sistema; o Anti-Sistema, por sua natureza negativa, pôs-se a girar em torno do pólo oposto à Divindade, um pseudo-centro, negativo, mas Deus continua representando seu verdadeiro centro, que só pode ser um: o positivo. E não podia haver outro caminho de salvação para o Anti-Sistema. Foi dessa possibilidade que se derivou e só assim podemos explicar como tenha nascido, exista e seja concebível na Terra a idéia de redenção.

Isto, entretanto, não significa que todo o Sistema tenha se desmoronado. No dualismo derivado da queda, a Divindade, mesmo permanecendo una, transformou-se, também, em novo aspecto. Temos o aspecto de Deus transcendente, ao qual se subordinou a parte incorrupta do Sistema, onde permaneceram os espíritos obedientes, na ordem da Lei; e temos o outro aspecto novo, de Deus imanente, que acompanhou o Sistema em toda a sua queda, permanecendo, como poder saneador de todos os seus males e diretriz do caminho evolutivo.

A isto tudo devemos a capacidade de recuperação do Anti-Sistema, que de outra forma não teria explicação. É assim que se torna possível, após o período da destruição ou período involutivo, o da reconstrução ou período evolutivo; só assim é possível esta inversão de rota, em sentido positivo, que o Anti-Sistema ignora, mas é impulsionado segundo uma direção e sob um conjunto de forças que ele não possui. Logicamente, deveria continuar até à plenitude de sua negação, isto é, até atingir o completo e definitivo aniquilamento do todo no nada, sua meta final. E assim, pois, que ocorre o prodígio pelo qual o Anti-Sistema, chegando ao extremo da descida, retoma o caminho destruindo a sua própria obra de destruição, e concomitantemente a si mesmo, começando a reconstruir em direção oposta à sua, que não é mais a do Anti-Sistema, mas a do Sistema. Eis a redenção, que consiste a evolução. E assim, no último momento, se opera a grande maravilha, isto é a vitória divina, ou seja, o Sistema vence o Anti-Sistema, reconstruindo-se sobre as suas ruínas. Quer isto dizer que as trevas se purificam até se tornarem luz, a ignorância até tornar-se conhecimento, a escravidão até achar a liberdade do espírito, a dor até achar a felicidade, a morte até encontrar a vida, o mal até tornar-se bem, o caos do Anti-Sistema até inverter-se para tornar-se a ordem do Sistema. Então, aquela queda, que pode parecer uma imperfeição do Sistema, representa, pelo contrário, a sua maior perfeição.

O homem percorre agora este caminho de subida, no qual há luta entre o elemento negativo, que deseja a destruição, e o elemento positivo, que busca a reconstrução. Daí os contrastes entre os princípios dominantes em cada uma das diferentes fases de reconstrução da Lei, correspondentes aos vários planos de evolução; daí a luta entre o nosso passado de animalidade e o anseio instintivo de um futuro melhor, entre a realidade feroz de nossa vida e a sede de bondade e justiça; daí a necessidade de ficarmos submetidos ao esforço de progredir, e a insaciabilidade que nos acicata para horizontes cada vez mais remotos, a sede de infinito na alma fechada num corpo, acorrentado às suas imprescindíveis necessidades materiais.

Embora aqui se trate de problemas altos e remotíssimos em relação aos de nossa vida cotidiana, não podemos deixar de constatar como os primeiros explicam os segundos, e como a cada momento encontramos nestes a confirmação da verdade e das teorias que estamos desenvolvendo, as únicas que podemos aceitar como causas dos efeitos constitutivos de nosso mundo atual. Tudo isso continua perfeitamente lógico, porque, como dissemos, tratando-se de problemas remotíssimos, temos em nosso relativo não um pedaço destacado do todo, mas como um espelho, pequeno e opaco, onde, não obstante, se reflete o Absoluto, cuja imagem, apesar de tudo, ali podemos ver reproduzida.